Lilypie Third Birthday tickers

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ah, a escolinha!

Atire a primeira pedra a mãe que não sinta algum tipo de culpa: culpa por não conseguir amamentar, culpa por achar que não está fazendo alguma coisa direito, culpa por sair e deixar o filho, ou a tão cruel culpa por levar o filho pra escolinha quando precisamos voltar a trabalhar.
A Sophia começou a ir pra escolinha com 5 meses. Decidimos que ela começaria algumas semanas antes do meu retorno ao trabalho. Durante o período de adaptação o bebê fica meia hora no primeiro dia e assim vai aumentando aos pouquinhos. Eu ficava esperando na secretaria da escola, bem ao ladinho do berçário. Sophia chorava lá dentro, eu chorava lá fora. Foi um pouquinho mais difícil pra nós porque a Sophia nunca tinha mamado na mamadeira, só no peito. Quando iniciou a escolinha, eu tirava o leite em casa e levava pra ela mamar na mamadeira na escola. Os primeiros dias foram bem difíceis, mas é sempre mais difícil para a mãe do que para o bebê. A criança se adapta muito rápido, eles precisam basicamente estar em um ambiente acolhedor, bem alimentados, de fralda trocada, com a roupinha certa, carinho e com a certeza de que ao final do dia o pai ou mãe irá buscá-los. Simples assim pra eles. Pra nós, principalmente para a mãe, nem tanto. É longo o processo de se estabelecer confiança nas pessoas que irão cuidar do que temos de mais precioso na vida. Só muito aos pouquinhos, e com muita paciência é que o coração vai ficando mais aliviado. Mesmo assim, sempre surgem certos dias onde tenho vontade de largar tudo. Mas estes dias tem sido cada vez mais raros. A Sophia adora a escolinha, fica e sai de lá feliz. Li uma matéria outro dia em que um psicólogo falava da necessidade dos problemas que enfrentamos na escolinha, que eles são a nossa preparação e do bebê para a vida. Concordo plenamente. Eu e o Tony somos super presentes, tanto no funcionamento da escola, desde ambientes, infra-estrutura, alimentação, pessoal, enfim, tudo. Sempre que achamos necessário nos reunimos com a diretora, com a profi ou com outro profissional de lá. O contato é permanente, diário, seja pela agenda, telefone ou pessoalmente.
Tirando as constates gripezinhas em função do contato com as outras crianças e também por este nosso clima frio, a escolinha tem sido ótima pra Sophia, no aspecto social e pedagógico a evolução é constante, e muito bacana de se ver.
Mesmo que mãe e culpa não se separem, vou achando aqui e ali caminhos para que a culpa se torne cada vez mais leve, para que os resultados positivos sejam sempre levados em conta e não fiquem escondidos em meus medos. A independência do filho que já se inicia tão cedo é um processo lindo de liberdade, de escolhas próprias. Já aprendi a deixar a Sophia levantar sozinha quando ela cai. Cresce ela. Cresço eu.

*Ontem a profi da escolinha tirou fotinhos da rotina da SoSô, hoje vai tirar mais. Amanhã já devo postar algumas aqui.

Beijokas.

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